Uma vida piedosa

Provérbios 16:1-9

 Condições Pessoais Necessárias Para Uma Vida Piedosa Bem Desenvolvida

Provérbios 16:5-8

1. NÃO ARROGANTE (ALTIVO OU ORGULHOSO) DE CORAÇÃO (v. 5)

O Senhor detesta os orgulhosos; tarde ou cedo eles terão o seu castigo. O orgulhoso é colocado entre os piores pecadores em Provérbios, sendo o primeiro na lista das “sete abominações” em 6:17, e sua condenação é garantida com a do adúltero (6:29), ao que faz juramento falso (19:5), e a outros pecadores dos mais destacados, embora ele possa “dar graças a Deus” por não se assemelhar a eles.

Os versículos 18 e 19 se reportam ao assunto. O orgulho é a voz interior que sussurra: “a minha maneira é a melhor”. Ele resiste à liderança de Deus e acredita que é capaz de viver sem a Sua ajuda. Sempre que alguém se encontra agindo deste modo, ou tratando as outras pessoas com desprezo, está sendo controlado pelo orgulho. Quem age assim jamais ficará impune. Somente quando tal pessoa eliminar o orgulho, Deus poderá ajudá-la a se tornar tudo aquilo que planejou para a sua vida. O orgulhoso de coração não poderá desenvolver a piedade na realização dos seus planos e receberá em lugar da bênção a maldição.

2. O TEMOR DO SENHOR (v. 6)

Nesse texto temos o chamado provérbio evangélico. Aí se declara como a iniquidade se purga e como os homens podem desviar-se do mal. O homem não pode purgar o seu próprio pecado; não pode apagar a sua própria culpa. Isso só pode ser feito por Aquele que Se regozija na misericórdia. Mas essa misericórdia há de ser de acordo com a “verdade” e a “justiça”. Isto foi demonstrado na cruz. Ali a misericórdia e a verdade se encontraram, e a justiça e a paz se beijaram (Sl. 85:10). Então, sendo expurgado e reconciliado, o pecador afasta-se do mal (2 Timóteo 2:19). Ele faz isto “no temor do Senhor”, como os primeiros discípulos andaram no temor do Senhor e no conforto do Espírito Santo (Atos 9:31).

A expiação do pecado humano é resultado do amor leal e da fidelidade de Deus. O temor ao Senhor motiva o homem a afastar-se do pecado na hora da tentação. É o princípio de toda a sabedoria de Deus, provisão indispensável para o desenvolvimento de uma vida piedosa na realização da soberana vontade de Deus. Só andando com Deus, em temor e na força do seu Espírito, é que se evita o mal.

3. CAMINHO AGRADÁVEL AO SENHOR (v. 7)

O que aí se afirma é que quando o Senhor aprova a conduta de alguém, até reconcilia com ele os seus inimigos. Deus pode enfrentar as pessoas que você teme! (veja 29:25). Vemos dignos exemplos dessa atuação maravilhosa de Deus nos relacionamentos dos que buscaram andar no caminho que Lhe for agradável, em relação aos seus inimigos.

Nos reinados de Asa e de Josafá (2 Crônicas 14:6,7; 17:10), reis piedosos que usufruíram de excepcional experiência de “paz”, o precioso conteúdo desse texto corresponde à promessa de Deus feita a Israel de que os israelitas seriam preservados de ataques hostis quando andassem na Sua vontade (Êxodo 34:24; 2 Crônicas 17:10). Os cristãos do Novo Testamento, no entanto, serão hostilizados por seus inimigos – Satanás e o mundo – em muitas situações, por estarem cumprindo a vontade de Deus (Mateus 5:10; Lucas 21:17,18; João 15:20; Atos 14:19), mas isso não anula nem afeta a doce experiência da paz de Deus que resulta do andar no caminho agradável do Senhor (João 16:20, 22, 24; Filipenses 4:7). 

Queremos que as outras pessoas gostem de nós. Por conta disso somos capazes de fazer qualquer coisa para ganhar a aprovação delas. Mas Deus disse que devemos concentrar os nossos esforços para agradá-Lo. Sermos pacificadores normalmente nos torna mais atraentes para aqueles que estão à nossa volta, mesmo para os nossos inimigos. Mas ainda que não seja assim, não sofremos prejuízo. Estamos agradando a Deus, o único que é verdadeiramente importante. Andar no caminho agradável do Senhor desenvolve a piedade na experiência da vida cristã.

 

4. A PRÁTICA DA JUSTIÇA (v. 8)

A expressão “justiça” tem o sentido de “padrão de Deus”. O homem foi criado para viver na justiça. O pecado nos “desajustou”, isto é, tirou-nos da prática do padrão de Deus, desajustando-nos e colocando-nos na condição desfavorável de “injustos”.

Deus nos tem justificado (Romanos 5:1) para que retornemos à condição de justos, idôneos para viver na “justiça”, isto é no padrão de Deus. Não basta a abundância da colheita se vivemos na injustiça! O que define a felicidade plena, em termos de vida espiritual, é o privilégio que nos foi restaurado pela Graça de Deus de podermos viver na prática da justiça, ou seja, andando no Seu padrão. Isso é que realiza o exercício benéfico da piedade na vida cristã.

CONCLUSÃO

Desenvolver o exercício da vida piedosa caminha no sentido da realização da soberana vontade Deus em nosso porte cristão.

autor: Jayro Gonçalves.